domingo, 14 de setembro de 2008

post chato

A calma pesa, assim como o auto controle. Ao menor sinal de perigo, jogamos ambos fora, como se fossem descartáveis. Descartáveis que são, os adquirimos novamente com o tempo, mesmo sabendo que serão eliminados em breve.

Quisera eu uma calma leve, de fácil transporte. A levaria a todos os lugares e ainda a exibiria me mantendo tranquila em um canto desfrutando dela. Impossível. Minha calma é das mais pesadas, sendo ignorada nos incidentes mais triviais e nas menores doses de álcool. Quando percebo já quebrei algo que estava em minhas mãos, chutei coisas e bati portas. No caso do consumo de bebidas, as reações podem ser das mais diversas.

Também não sou adepta da tensão desnecessária (em geral ela é guardada para quem eu sei que me perdoará dias depois, dando risada de mais uma das minhas piadas sem graça), preferindo um confortável e monótono meio termo e uma vida sem grandes emoções e cicatrizes, fadada à mediocridade. Não é de todo o ruim.

Mudaria se fosse possível, mas exigiria muito esforço e esforço é uma mentira que inventaram para que ninguém desista na primeira tentativa (ou mesmo antes dela). Continuarei apenas escrevendo medianamente textos cheios de vírgulas e gerúndios esperando que a vitória caia do céu sem bagunçar meu quarto nem me tomar muito tempo.

Avisei que esse post era chato, mas não sei o que culpar por isso. Talvez sejam os fones de ouvido tocando músicas sobre o vazio do ser criadas por homens de 30 anos que nunca tiveram um emprego de verdade. Talvez seja o fim de semana. Talvez seja a esperança. Talvez seja a falta dela.

Talvez eu assista uns desenhos animados pra melhorar.

2 comentários:

Ana Carol disse...

aqui, prevalece a falta de esperança...

jovemindeciso disse...

eu acordo assim as vezes

geralmente os desenhos jah acabaram