terça-feira, 26 de agosto de 2008

caminhando e curtindo e seguindo a canção

Comprei um par de fones de ouvido. De qualidade bastante duvidosa, como muitas coisas em minha vida, mas comprei, pois com certeza o dinheiro que tinha em minhas mãos seria gasto de forma medíocre em outras ocasiões.

Encaixeio-os em meu mp3 e saí pela cidade. Os mp3 players são um dos maiores motivos de eu admirar a tecnologia atual. A possibilidade de andar ouvindo música por aí é um dos meus maiores motivos de andar por aí.

O sol foi batendo no rosto, as distâncias foram sendo vencidas, enquanto os Beatles diziam "come togheter". Continuei. Tinha várias coisas pra fazer, mas nada urgente. Gosto de "organizar" minhas tarefas de modo a ter várias coisas adiáveis pra fazer no mesmo dia. Não gosto das coisas urgentes.

Gosto também da sensação de estar separada do mundo, que é proporcionada apenas pelo uso de bons fones de ouvido (ou de um carro blindado, dependendo da sua vontade de estar separada), da sensação de que posso mandar em alguma coisa, nem que seja no som que escuto.

Infelizmente, fones de ouvido são produtos muito, muito fracos, que levarão à inevitável escravização da população mundial, mas o assunto não cabe ao post.

Estendi um pouco o percurso, sem fones, mas ouvindo as risadas de gente engraçada e as propriedades e características da cerâmica. Cheguei em casa e o carro de som do "Kiko, um vereador para chamar de seu" passando na rua me lembrou que não, eu não mando em nada.

Senti falta de um carro blindado.

2 comentários:

Samia disse...

paiaça... um fone bom aqui está dentro do valor de dinheiro que contia n seu porco!!!!!
e eu pensando em cafeteira affff!!!

Ana Carol disse...

Eu também adoro a liberdade que o mp3 me proporciona de andar pelas ruas sem precisar nota-las.

mas fico triste quando a bateria acaba [e ela sempre acaba no meio do trajeto].